Segunda-feira, 2 de Novembro de 2009
Pode ler a crítica do The Independent on Sunday, publicada ontem, a Invisível, de Paul Auster, aqui.
De
amc a 3 de Novembro de 2009 às 11:07
Crítica muito pouco abonatória, bem ao estilo da típica embirração inglesa por Auster. Há anos que não leio uma boa crítica nos periódicos britânicos ao "poeta do acaso": Guardian, Independent, Times (principalmente estes).
Creio que existe algum despeito pela forma como Auster parece (e digo parece) desdenhar dos enfatuados ingleses e por este ser apreciadíssimo, chegando à idolatria, em países como a França e a Alemanha, para não falar de Portugal, Itália e Espanha (então neste último, é uma verdadeira loucura) e da maioria dos países nórdicos.
Esta recensão do Independent faz lembrar a maioria dos textos críticos nacionais: curto, muita lhaneza, superficialidade, com um argumentário padronizado e cheio de “pré-conceitos” (apelo à etimologia desta última palavra) na presença de uma obra de determinado autor.
Por exemplo, se for Roth (autor que muito estimo), vai-se à prateleira buscar a cassete laudatória, pré-formatada, com os adjectivos encomiásticos todos no sítio... e depois vem sempre a questão da injustiça da Academia Nobel... e por aí fora.
A ver vamos o que sai nas críticas lusas na Ípsilon, na Ler, na Os Meus Livros e no Expresso. Já saíram algumas? Creio que não.
Um abraço,
André
Boa-tarde, André,
E obrigado por partilhar esta análise perspicaz do que às vezes é a crítica.
Para já, Invisível tem sido muito bem recebido pela crítica, que chega mesmo a manifestar alguma surpresa. A este respeito – e a respeito de todos os "pré-conceitos" – é imperdível a crítica do The Sunday Times , que pode ler no post http://paulauster.blogs.sapo.pt /58689.html.
Em Portugal, foi já publicada a crítica do João Céu e Silva, na Notícias Sábado, que pode ler em http://paulauster.blogs.sapo.pt /58198.html.
Para facilitar a consulta das críticas a Invisível, vou fazer à semelhança de Homem na Escuridão, um guia de críticas.
Abraços,
Miguel
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