Romancista, ensaísta e poeta, Siri Hustvedt nasceu em Northfield, no Minnesota. Filha de um professor de Literatura Escandinava e de uma imigrante norueguesa, tirou o curso de História no St. Olaf College e o doutoramento em Inglês na Universidade de Columbia.
Para além de Verão Sem Homens, publicado pela Dom Quixote, foram editado em Portugal, pela ASA, os seus romances: Elegia para um Americano, Aquilo que Eu Amava, De Olhos Vendados e Fantasias de uma Mulher.
Vive em Nova Iorque, com o marido, o escritor Paul Auster, e a filha, a cantora e atriz Sophie Auster.
“Siri Hustvedt é uma artista invulgar, uma escritora de inteligência superior, de uma sensualidade profunda, dotada de uma capacidade rara que apenas consigo definir como sabedoria.”
Salman Rushdie
Paul Auster recebeu ontem a Medalha de Honra da cidade de Paris, das mãos do presidente da Câmara da capital francesa, Bertrand Delanoë.
Acompanhado pela sua mulher, Siri Hustvedt , o escritor norte-americano destacou, num francês perfeito, que se sente bastante ligado a Paris, cidade que visitou pela primeira vez aos dezoito anos e onde morou durante quatro anos, tendo também na sua carreira literária começado por traduzir poetas franceses para inglês.
Paul Auster, Prémio Príncipe das Astúrias de Literatura em 2006, já havia sido nomeado pelo Estado francês comendador da Ordem das Artes e das Letras e distinguido com a Medalha de Honra da cidade de Lyon.
Após ter recebido a Medalha de Honra de Paris, Paul Auster dirigiu-se para o festival literário “Paris en toute lettres”, do qual é convidado de honra.
Sophie Auster, filha de Paul Auster e Siri Hustvedt, é a nova imagem da Mango. Nascida em Brooklyn, estreou-se na interpretação aos nove anos, tendo um dos seus primeiros filmes sido Lulu on the Bridge. Para além disso foi protagonista de Circuit e prepara actualmente o seu segundo álbum como vocalista da banda One Ring Zero.
Os críticos do Expresso Vítor Quelhas e José Guardado Moreira escolheram, respectivamente, Invisível, de Paul Auster, e Elegia para um Americano, de Siri Hustvedt, como os melhores livros de 2009.
Podem consultar a lista completa aqui.
Podem conferir a cobertura dos principais órgãos de comunicação social da entrega do Prémio Leteo a Paul Auster, ontem, na cidade de León, em Espanha, em baixo:
El Mundo (entrevista)
El Periódico (entrevista)
Paul Auster recebe hoje , pelas 20h15 (19h15 em Portugal), no Museu de Arte Contemporânea de Castela e Leão (Musac), em León, Espanha, o Prémio Leteo 2009.
A seguir, o escritor norte-americano participará numa mesa redonda moderada por Agustín Pérez Rubio, director do Musac, e que contará também com a participação de Siri Hustvedt, mulher do escritor, e de Rafael Saravia, representante do Club Cultural Leteo.
Amanhã, às 11h30, Paul Auster inaugurará na Câmara de Léon uma sessão contínua de cinema em que serão exibidos diversas obras cinematográficas em que colaborou como argumentista ou realizador.
O galardão literário é concedido anualmente pelos membros do Club Leteo para distinguir os autores que contribuem de maneira mais decisiva para a renovação literária.
Entre os méritos que o Club Leteo reconhece ao galardoado conta-se a sua "extraordinária capacidade" para descrever e aprofundar a angústia e a indefinição do ser humano numa época marcada pela ausência de valores estáveis e por uma voragem de referências efémeras e insatisfatórias.
Os anteriores galardoados com o Prémio Leteo são Adonis (2008), Martin Amis (2007), Amélie Nothomb (2006), Michel Houellebecq (2005), Fernando Arrabal (2004), Gonzalo Rojas (2003), Belén Gopegui (2002) e Antonio Gamoneda (2001).
Não li a crítica [de James Wood a Invisível na The New Yorker]. Não leio nenhuma desde há quatro ou cinco anos, apesar de saber do que se trata. Sei que me ataca. Não tenho nada de pessoal contra ele, mas é sempre assim. Muitos amigos perguntam-me qual é o problema. É um reaccionário. Não quero preocupar-me com isso. Siri, a minha mulher, chamou-me para me contar isso. Disse que que era como se fosses na rua e um desconhecido te desse um murro na cara.
Pode ler a entrevista de Paul Auster ao Informador sobre Invisível aqui.