O escritor norte-americano Paul Auster foi nomeado pelo segundo ano consecutivo para o International IMPAC Dublin Literary Award, desta feita com Invisível , anunciou hoje fonte do galardão.
Na lista da edição de 2011 do prémio, composta por 162 títulos, figuram também nomes como Philippe Claudel (com O Relatório de Brodeck, publicado pela ASA em 2009 e vencedor do Independent Foreign Fiction Prize 2010), Amos Oz, autor da ASA (com Rhyming Life and Death), e Tommy Wieringa (com Joe Speedboat, que será publicado pela ASA em 2011).
Este galardão nasceu de uma iniciativa entre a Câmara Municipal de Dublin e a empresa IMPAC para a criação de um concurso anual de âmbito internacional com o objectivo de promover a literatura de qualidade e de fomentar a tradução de livros, elegendo anualmente um trabalho de reconhecido mérito literário, com a colaboração de bibliotecas de todo o mundo.
O prémio tem um valor de 100 mil euros, sendo que os dez finalistas serão anunciados no dia 12 de Abril de 2011 e o vencedor no dia 15 de Junho de 2011.
Entre os seus vencedores contam-se nomes como Hertha Müller, Michel Houellebecq, Orhan Pamuk, Colm Tóibín, Michael Thomas e Gerbrand Bakker, em 2010.
Mais informações sobre o International IMPAC Dublin Literary Award 2011 em www.impacdublinaward.ie.
O escritor israelita Amos Oz venceu a primeira edição do Prémio Internacional Salão do Livro de Turim, apesar de um apelo de um grupo de académicos italianos para um boicote cultural e académico de Israel.
O autor foi escolhido numa votação aberta ao público, após os finalistas terem sido nomeados pela organização, tendo o norte-americano Paul Auster e o mexicano Carlos Fuentes ficado em segundo e terceiro lugares, respectivamente.
O galardão visa distinguir um escritor cuja obra tenha contribuído para fazer da literatura um instrumento irrefutável da memória.
O prémio tem um valor de 25 mil euros e será entregue em Outubro no Parco Culturale Piemonte Paesaggio Umano, onde terá lugar um clico de encontros e conferências dedicado ao vencedor.
Na semana passada, um grupo de académicos de Turim convocou uma conferência de imprensa na qual apelou a todos os académicos, escritores e artistas para boicotarem todas as instituições académicas e culturais de Israel, até que este país “cumprisse os seus compromissos com o direito internacional”.
Este apelo deu origem a um intenso debate em Itália, com o escritor Umberto Eco a expressar a sua oposição ao boicote, num artigo publicado na sexta-feira na revista L’espresso.
“Foi apresentado em Turim um manifesto da Italian Campaign for the Academic & Cultural Boycott of Israel que afirma que as universidades, os académicos e os intelectuais israelitas, na sua quase totalidade, apoiam o governo e são cúmplices das suas políticas. E que as universidades israelitas são palco de alguns dos mais importantes projectos de armamento, centrados na nanotecnologia e em meios tecnológicos e psicológicos para subjugar e controlar a população civil,” escreveu o escritor. “Não concordo minimamente com a política do governo israelita (…) mas acho falsa a afirmação de que a maioria dos académicos israelitas apoia activamente a política dos seus governos.”
“Posso compreender”, continuou Umberto Eco, “que os departamentos de Física da Universidade de Roma ou de Oxford decidam suspender a sua colaboração com os seus colegas dos departamentos homólogos de Teerão ou Pyongyang se se descobrisse que estavam envolvidos no desenvolvimento de uma bomba atómica. Mas não percebo porque devemos interromper as relações com os departamentos de História de Arte Coreana ou de Literatura Persa Clássica.”
Amos Oz nasceu em 1939, em Jerusalém, e é o autor israelita mais traduzido em todo o mundo. Por diversas vezes apontado como favorito ao Prémio Nobel de Literatura, foi já distinguido com inúmeros galardões, entre eles, o Prémio Príncipe de Astúrias de Literatura, o Prémio da Paz da Feira do Livro de Frankfurt, o Prémio Grinzane Cavour de Literatura e a Cruz de Honra da República Federal da Alemanha.
Na ASA, estão já publicadas as suas obras A Terceira Condição, Não Chames à Noite Noite, Uma Pantera na Cave, O Meu Michael, O Mesmo Mar e Uma História de Amor e Trevas.