Paul Auster fala de Invisível, das influências na sua obra, sobre a forma como os livros são escritos, da sua juventude e de Sunset Park, o romance que entregou esta semana ao seu editor americano, numa entrevista publicada hoje pelo The Independent.
Para ler aqui.
Laurel e Hardy Vão para o Céu, de Paul Auster, com encenação de Rui Braz e interpretação de Paulo Cintrão e Ricardo Soares, estreia amanhã no Floresta Center, na Tapada das Mercês. A peça, escrita por Paul Auster durante os anos retratados em Da Mão para a Boca, vai estar em exibição das quintas aos sábados, pelas 22.00, até ao dia 1 de Agosto.
Sinopse
Laurel e Hardy constroem muros. Hoje, amanhã e no dia depois de amanhã. Laurel e Hardy constroem muros. É o que fazem. É o que são.
Não conhecem a finalidade da obra. Não conhecem o mandante da obra. Estão sós num espaço inóspito e desconhecido, tendo por guia apenas um livro de instruções que procuram seguir à risca, receando ser castigados. Conseguirão concluir a tarefa?
Laurel e Hardy Vão para o Céu é uma de três peças de teatro escritas por Paul Auster nos anos 70, num tempo em que o agora famoso romancista lutava para sobreviver dos parcos rendimentos obtidos com a actividade como escritor profissional. A estreia – um retumbante fracasso, segundo o próprio autor – teve lugar em 1977, num estúdio da Rua 69 em Nova Iorque, onde sete anos antes Mark Rothko, o artista plástico, se suicidara.
Laurel e Hardy Vão para o Céu é uma comédia amarga sobre a perda de identidade do homem contemporâneo face ao mundo globalizado e desumanizado que o rodeia, que carrega a forte influência, por um lado, de À Espera de Godot, de Samuel Beckett e, por outro, das comédias burlescas de Stan Laurel e Oliver Hardy – conhecidos em Portugal como Bucha e Estica –, que marcaram Hollywood nos anos 30.
Mais informações em www.utopiateatro.com.
Leia a crítica do Jornal de Notícias, da autoria de Sérgio Almeida, a Da Mão para a Boca, de Paul Auster, aqui.
Leia o artigo do Público sobre Da Mão para a Boca publicado em 1998 aqui.
“Um livro soberbo. Uma lição de vida para aspirantes a escritor.”
Publishers Weekly
“Encantador, um relato elegante e humano… A mestria da escrita de Paul Auster é verdadeiramente assombrosa.”
The Boston Globe
“Uma das mais originais e audaciosas autobiografias jamais escritas por um escritor.”
Le Monde
“Uma deliciosa autobiografia da juventude de Auster.”
Visão
“Um livro que joga com as estruturas convencionais da ficção, revelando marcas características de um autor que continua a surpreender.”
Expresso
“O saltitar de trabalho em trabalho e o descobrir de um leque das mais variadas personagens tornam irresistíveis algumas páginas deste esboço autobiográfico. Depois Auster organiza meticulosamente o seu material e não perde tempo com divagações em contramão, resultando daí redobrado prazer para o leitor.”
O Independente
“Um livro obrigatório para os fãs de Auster – porque, ao mergulhar no passado do escritor, ajuda a compreender o génio em que ele mais tarde se tornaria.”
Semanário
“Uma obra que contribui para aumentar o respeito por Auster.”
A Capital
Entre os meus vinte anos e o início dos trinta, atravessei um período de vários anos em que tudo aquilo em que tocava se transformava num fracasso: o meu casamento terminou em divórcio, o meu trabalho como escritor soçobrou e vivi assoberbado por problemas de dinheiro. Não estou a falar de uma simples e ocasional escassez de fundos ou de alguma necessidade periódica de apertar o cinto, mas sim de uma falta de dinheiro contínua, crónica, opressiva, quase asfixiante, que me envenenava a alma e me mantinha num estado de pânico interminável.
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Desde que me conhecia, a minha ambição sempre tinha sido escrever. Aos dezasseis ou dezassete anos já sabia que assim era e nunca me iludira pensando que poderia ganhar a vida com isso. Tornar-se escritor não é ‘decidir sobre uma carreira’ como quem decide tornar-se médico ou polícia. Mais do que escolhê-la, somos escolhidos, e uma vez aceite o facto de que não somos aptos para mais nada, temos de estar preparados para percorrer uma longa e árdua estrada durante o resto dos nossos dias.
A narrativa autobiográfica que compõe este volume conta-nos a história do jovem escritor Paul Auster. Num tom profundamente intimista e revelador, o autor abre-nos a porta para os anos da sua entrada na literatura e na vida, quando o que a mão escrevia servia para alimentar a boca. O relato comovente e divertido dessa época é assim, também, uma lúcida reflexão sobre o dinheiro e sobre o que significa não o ter. Dinheiro era o que Auster pretendia ao escrever, na época, textos tão diversos como peças de teatro, romances policiais e, até, um jogo de cartas baseado no baseball.
Mais de uma década após a primeira edição de Da Mão para a Boca em Portugal, a ASA orgulha-se de (re)apresentar aos leitores portugueses um livro que é já uma referência canónica para todos os admiradores de um dos grandes nomes da literatura norte-americana.