Para lerem o artigo completo de Sérgio Almeida, publicado no Jornal de Notícias de ontem, a Sunset Park, de Paul Auster, basta clicar na imagem.
Paul Auster assina em Invisível o regresso à sua melhor forma literária.
Provavelmente o melhor romance de Paul Auster da presente década, Invisível é também uma das obras mais arrojadas e complexas da bibliografia deste autor, de regresso ao melhor nível.
A desilusão que se apoderou dos devotos de Auster com os seus romances mais recentes – excessivamente políticos para ocultar o vazio narrativo, estratégia usada por vários escritores, até prémios Nobel… – é rapidamente esquecida quando nos deparamos com a envolvência que caracteriza Invisível.
O autor de Viagens no Scriptorium não se desvia das suas obsessões de sempre nem sequer do carácter fortemente biográfico do que escreve. O que distingue, então, o novo livro dos mais recentes é sobretudo o mérito de Auster centrar-se no seu talento inato de bom contador de histórias, entretecendo narrativas sucessivas sem com isso perder o fio à meada e relegando para segundo plano as pretensões políticas.
A protagonizar Invisível encontra-se James Walker, um estudante universitário cuja vida tal como conhecia até então sofre uma interrupção quando conhece um enigmático casal. Ao longo das menos de 250 páginas, há ainda incestos, traições, mortes, volte-faces inesperados, sem esquecer as habitualmente profícuas reflexões austerianas sobre a natureza da arte e a relação desta com a vida.
Dividida em quatro capítulos e narrado por três vozes, Invisível representa a maturidade plena de um autor cativante.
Crítica de Sérgio Almeida, a Invisível, de Paul Auster, publicada ontem no Jornal de Notícias.
Leia a crítica do Jornal de Notícias, da autoria de Sérgio Almeida, a Da Mão para a Boca, de Paul Auster, aqui.